domingo, 26 de junho de 2011

Ah... O Primeiro amor...

Um dia desses mexendo num baú velho que tem aqui no meu peito, encontrei uma relíquia... Deus do céu, durante alguns anos ele era exatamente tudo o que eu queria ter! 
Eu dormia pensando nele, acordava pensando nele, ia pro colégio e só tinha olhos pra ele, foi amor à primeira vista, primeiro amor, diga-se de passagem.

O primeiro amor, depois que passa, é uma delícia, dá aquela saudadezinha da infância, tempo gostoso de quando a gente chegava em casa, tirava o uniforme da escola, almoçava a comidinha gostosa da mamãe e tinha a vida inteira pra fazer o que quisesse! O maior problema era decidir se íamos tirar uma soneca, brincar com os amigos na rua ou se íamos assistir sessão da tarde!
Mas daí, parando pra pensar bem, a saudade não era do primeiro amor, e sim, da fase da vida em que ele ocorre. O primeiro amor em si é uma merda!

Primeiro porque eu achei que ia morrer! Juro! A dor no peito era tão grande que eu achei que eu estava doente! Eu nunca havia sentido aquilo, oras! Eu via o menino e ficava rosada, com as pernas bambas e com o coração disparado. Eu passei a odiar todas as meninas que se atrevessem a chegar perto dele. Perdi muitas noites de sono, passei a acordar mais cedo pra me arrumar pra ir pra escola, eu tinha 10 anos e passava rímel às 7 da manhã... É.. eu estava amando, e pra mim isso significava que eu já era mulher... Uma mulher que se sentia atraída por um rapazinho de 10 anos, com pouco mais de 1 metro e meio e de cabelo tigelinha.... Mas enfim, na época isso era totalmente coerente.