domingo, 7 de outubro de 2012

Publica!


Você vai mesmo publicar? Vou. Mas não deveria. E por quê? Porque ele vai ver. Mas é pra ver. Na verdade, ver agora é o de menos. Vai ver isso agora porque deixou de ver muitas coisas que era pra ter visto. Ou coisas que não viu, mas deveria ter suposto. Será que ele acha que sou artificialmente programada para não ter pêlos, cutículas, olheiras e mau humor? E sobre a dor nas pernas, o salto alto, a calcinha desconfortável, os cds e filmes que tive que baixar só pra ter mais assunto, parecer interessante... Mas você é interessante. Sou? Interessante e linda. E quem disse que precisa de salto? Não precisa? Não. Precisa de você. Do que você achar que precisa. Não precisava ver aquele filme chato, então? Não, era só dizer que nunca viu. Assim como ele nunca ouviu sua banda favorita, seu filme favorito, aquele clipe do The Cure. Aliais, todo mundo já viu aquele clipe do The Cure. Ele não. Porque as pessoas são assim, elas vivem a vida delas. Na verdade, a frase é no masculino. Eles vivem a vida deles. Deveríamos fazer o mesmo. Mas nós fazemos, vivemos a nossa vida, mas passamos a vida a pensar em todo mundo, em nós, neles, nas plantas, nos cachorros, nos que os outros vão pensar... Cansa né? É! E quer saber? Publica. 

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