domingo, 9 de outubro de 2011

Qualquer.

Eu gostava de quando você era único, de como era especial e de como fazia eu me sentir especial também. De quando você era diferente, era sem querer o que eu sempre quis, era tudo isso, era você.
Era o que eu achava certo, era intenso, verdadeiro, era melhor do que qualquer sonho, pois era real. Ainda que uma realidade distante, uma realidade futura, era plano e era pacto, era fruto do acaso, do mais belo dos acasos.
Eu amava olhar a lua, e saber que de algum lugar, do lugar mais bonito, você também a olhava, me ligava no meio da noite pra dizer "abra a janela, a lua está linda!". A lua nunca mais foi tão bonita.
Eu não gosto desse ser igual a todos os outros que você se tornou, você nunca foi normal, comum. Você era a espera que mais me valia a pena, a distância que mais me preenchia, a dor mais prazerosa, e agora é somente espera, distância e dor.
Você tinha tudo pra ser o cara mais especial do mundo. Pra mim. Mas optou por ser apenas mais um no mundo. Pra qualquer um. E até que meu ceticismo passe, eu quero passar o resto dos meus dias nesta cama. Pelo menos neste final de semana.

Um comentário: